Estamos vivendo a revolução do streaming. A Netflix (maravilhosa) tomou o mundo de assalto não apenas por conter um ótimo catálogo de filmes e séries, mas também por demonstrar excelência em suas produções originais.
O Matador é um bom filme, me arrisco a dizer que muito bom,
tenho ressalvas à fazer sobre ele, mas o filme em si vale o tempo e diverte
bastante. Então, se quiser assistir e depois voltar para ler a crítica, ótimo.
Mas se quiser continuar para ter mais motivos para ver a produção, também é
muito bem-vindo.
O filme é a primeira produção original brasileira da Netflix
e se trata de um faroeste ambientado no sertão brasileiro, mais precisamente na
Pernambuco do século XX, e conta a história de Cabeleira, um homem que foi
criado por um ex-cangaceiro e após anos do sumiço de sua figura paterna, sai em
sua busca e acaba encontrando uma cidade dominada por um magnata Francês, que
acaba contratando Cabeleira como pistoleiro, isso faz com que o mesmo se torne
um dos maiores matadores da região.
O longa é dirigido por Marcelo Galvão, que cumpre seu papel
de forma competente. Sua direção tem bons enquadramentos, utilizando planos
muito abertos para mostrar a vastidão e aridez do local onde a trama se passa.
Outro fato que ajuda nisso é a fotografia, que é um dos pontos mais curiosos do
filme. As cores utilizadas conseguem passar bem o calor do interior de
Pernambuco e o diretos utiliza disso para criar planos belíssimos em algumas
cenas, porém, em outras cenas vemos uma inconsistência na direção, mostrando
enquadramentos pobres, que saltam muito aos olhos e deixam o filme com um
aspecto menos cinematográfico e mais “novela de época”.
O roteiro também apresenta seus altos e baixos. No geral ele
é bem fluido e dinâmico, porém, o foco cai em várias histórias distintas e nos
apresenta vários personagens interessantes e marcante, que no fim não duram
muito tempo em tela e acabam tendo seus arcos encerrados de forma brusca. Isso
acaba reduzindo um pouco o ritmo do longa e tirando um pouco a atenção da trama
principal, que é a história de Cabeleira. Apesar de tudo isso, estas tramas
servem para amarrar o final, que é muito bom, mesmo sendo um pouco cliché e até
previsível, o roteiro cumpre seu papel de construir uma visão palpável do
sertão brasileiro, isso é de longe a maior qualidade do filme. Fugir da visão
caricata do nordeste que muitas obras retratam e construir um ambiente crível
tanto para os brasileiros quanto para um faroeste.
Quanto aos atores, no elenco temos nomes como Etienne Chicot
(O Código da Vinci) e Maria de Medeiros (Pulp Fiction), porém o destaque fica
para o próprio protagonista, Diogo Morgado, que consegue balancear a inocência
e a violência em Cabeleira e transmitir o sentimento do personagem em poucas
palavras.
O Matador é um bom faroeste, consegue divertir e prender o
público em uma boa história. Tem personagens interessantes e a dose certa de
drama e ação. Apesar das ressalvas, o filme é um excelente início para as
produções brasileiras ganharem seu espaço nos serviços de streaming.
80%
Por:
Rennan Gardini
Oi Rennan tudo bem?
ResponderExcluirEu acho muito legal ver filmes brasileiros ganhando espaço e ver como o cinema nacional tem evoluido para se tornar algo que supera as antigas historias por historias que apenas tinham interesse em propagar o sexo e violencia desmedia.
Sobre O Matador, eu já havia ouvido falar mas não sabia que se tratava de um filme brasileiro e quase nada sobre o enredo e produção. Mas gostei bastante da premissa do filme e do quão bom parecem ser a evolução das personagens.
Parabéns pelo post.
Beijos.
Fantástica Ficção
Hey!
ResponderExcluirQue legal ver o avanço da Netflix. Mesmo que eu não seja adepta. #ADiferentona hahaha
Amei o fato do filme ser nacional e se passar aqui na minha terrinha linda. E olhe, aqui é quente mesmo hahahqhq
Vou usar a conta de uma amiga para assistir.
Beijos!
Blog Diversamente
Olá, tudo bom?
ResponderExcluirEsse definitivamente não é meu estilo de filme, mas parece ser muito interessante! Eu adorei sua crítica, você comentou os pontos mais importantes do filme, de forma que até me deixou um pouco curiosa rs Beijos, Yasmim.
Canal: https://www.youtube.com/blogliterarte/videos
Eu concordo que Netflix revolucionou, já vi produções deles boas e medianas, vou conferir essa tb. Parece ser das boas!
ResponderExcluirGosto muito de faroeste e valorizo uma ótima ediçao :D
osenhordoslivrosblog.wordpress.com
Ei! Tudo bem?
ResponderExcluirSou apaixonada pela Netflix e adoro acompanhar todo esse crescimento. Gosto muito de suas produções originais, normalmente acho bom e me surpreendo com os temas abordados. Gostei muito da proposta que o filme aborda, adoro esse tema de faroeste, fico toda empolgada! Faz um tempo que não tenho entrado na Netflix por falta de tempo, mas devo entrar para poder dar uma conferida melhor nessa história!
Beijos!
http://www.as365coresdouniverso.com.br/
Olá, tudo bom? Adorei a sua resenha e os pontos positivos e negativos do filme. Fico feliz que, apesar dos altos e baixos, você tenha gostado do filme. Produções da Netflix costumam ser boas, e esse filme me parece bom para quem gosta do gênero, que infelizmente não me agrada muito.
ResponderExcluirBeijos
Amor Literário
Oii tudo bem?? Adorei seu post e todos os argumentos usados. A produção me pareceu boa, e o enredo interessante, mesmo tento altos e baixos creio que valeria muito a pena ver. Faz tempo que não vejo nada do gênero, ainda mais tratando-se de uma obra brasileira nada melhor que dar uma chance.
ResponderExcluirBeijos
Olá!! Esse ano foquei em ler e acabei praticamente abandonando o "assistir" qualquer coisa.. mas sinceramente, acho que com uma dica assim é bem legal voltar a prestar atenção no que anda sendo feito. Meu problema com o nacional é que pra mim acaba parecendo uma versão reduzida de novelas, por causa dos atores carimbados, mas não parece ser o caso desse. Então obrigada pela indicação!! Adorei!! . Elisabete Blog Pretenses
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